segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Museu Florestal Octávio Vecchi


Estamos trazendo, pela segunda vez seguida, um patrimônio que se encontra no parque do Horto Florestal. Não acha que isso é um sinal de que você DEVE dar um passeio por lá?

Mas, antes do passeio, vem com a gente ver uma prévia do que você encontrará no Museu Florestal Octávio Vecchi, começando pela sua história:

O Museu Florestal foi concebido no final da década de 1920 pelo diretor do Serviço Florestal da época, Octávio Vecchi. O edifício, construído entre 1928 e 1930 e inaugurado em 1931, foi projetado para receber o acervo e laboratórios de pesquisa de meteorologia, de fotografia,  herbário e xiloteca do Serviço Florestal, atual Instituto Florestal, que funcionaram no piso inferior entre as décadas de 1930 e 1960. 

O acervo é composto por um diverso mostruário de madeiras entalhadas, sementes, peças das escolas de xilografia, charão (laca japonesa), marcenaria, marchetaria, aquarelas, grande painel a óleo de autoria de Helios Seelinger que ilustra a história de São Paulo, pintura mural de espécies nativas realizada por Antonio Paim Vieira, vitrais executados pela Casa Conrado, além de outras obras.  

Sobre a arquitetura do Museu, percebemos que o prédio possui vários vitrais que retratam a fauna e a flora da nossa cidade. Descobrimos também que a arquitetura foi feita propositalmente para ressaltar a importância das madeiras.

Ao chegar no patrimônio, recebemos a instrução de retirar os sapatos para adentrá-lo. Quem preferisse podia usar pantufas que eram oferecidas pelo próprio museu, ou andar de tênis pelo tapete.

Uma moça muito gentil (sério, ela era um amorzinho) guiou a visita do grupo o qual acompanhávamos, explicando cada elemento que havia ali e a sua história.


O museu por dentro é bem bonito e limpo, mas a sua fachada está precisando de alguns cuidados.


Cada parte do patrimônio conta um pouco sobre sua história juntamente com a história do parque Horto Florestal, das pessoas que o fundaram e sobre as árvores. 

Falando nisso, há um cômodo no museu especialmente sobre árvores, contendo vários desenhos de tábuas de madeira. Nesse mesmo local há também uma mesa bem grande, com vários tipos de sementes. A guia nos explicou que cada formato tem um porquê. 

E os porquês vocês só descobrirão ao visitar o patrimônio em questão...


A parte mais interessante do museu é a visita de Santos Dumont: em uma das salas encontra-se uma pintura que vai do teto até o chão, feita há muito tempo atrás. Além dela, há um livro de visitas antigo com a assinatura de Dumont e sua família (ver isso foi sensacional) e muitas outras coisas que vale a pena observar. 

E, pessoal, a gente conversou com a guia enquanto fazíamos a visita, e ela nos contou que o museu não costuma receber muita visita; o que é uma pena, pois isso mostra sobre como os patrimônios da nossa cidade são pouco valorizados, mesmo os que estão perto de onde moramos.


Esse foi mais um passeio que expandiu nosso conhecimento cultural e que valeu muito a pena. Façam uma visita também! :D 

O Museu abre de quarta a sexta e no primeiro sábado do mês, das 10h às 12h e das 14h às 16h.  Em dias chuvosos pode acabar não abrindo por falta de estrutura. 

A entrada é gratuita e não precisa de agendamento.

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Sobre

authorOlá, nós somos estudantes do 2º ano do Ensino Médio do colégio Externato Horto Florestal. Estamos aqui para, conduzidos pela professora Anna Cláudia, divulgar nossas saídas pedagógicas (vulgo rolês) aos patrimônios históricos do município de São Paulo.